segunda-feira, 21 de maio de 2018

A LEBRE E A TARTARUGA


Era uma vez, uma lebre do bosque a quem chamavam de Rosita que era muito vaidosa. De entre todos os animais do bosque, ela achava-se a mais bonita, a mais esperta e a mais rápida. Além disso, ninguém tinha melhor faro para achar comida do que ela! Numa palavra só, de todos os animais daquele bosque, ninguém era melhor que ela!

No mesmo bosque vivia uma tartaruga, chamada Dona Lentidão, que todas as manhãs passeava vagarosamente junto à margem do rio. Como a tartaruga, a lebre Rosita também se dirigia todas as manhãs para o rio em busca do pequeno almoço, encontrando pelo caminho a Dona Lentidão. 

Além de ser muito convencida, a lebre Rosita também gostava muito de zombar dos outros, e assim que via a tartaruga, começava logo a rir dela, chamando-lhe de velha, lenta e outros nomes muito piores!

Numa tarde quente de verão em que os animais do bosque estavam todos reunidos debaixo da sombra de uma grande árvore, a lebre resolveu zombar de Dona Lentidão mais uma vez e desafiou-a para uma corrida.

Os animais do bosque ao ouvir semelhante coisa, começaram todos a rir. A raposa Cecília, que muito gostava destas confusões, afirmou que a tartaruga até poderia ganhar da lebre. Tudo dependia da vantagem que se desse à Dona Lentidão na corrida e, sendo assim, até apostaria nela.

Todos os animais do bosque começaram a falar ao mesmo tempo sobre a corrida e, discutiam calorosamente qual a possibilidade da tartaruga Dona Lentidão poder ganhar à lebre Rosita. 

A lebre ao ouvir tais comentários, começava a ficar aborrecida, pois achava impossível alguém duvidar das suas capacidades de corredora. 

Já que a tartaruga aceitara o desafio, decidiu-se então qual o melhor dia para a corrida e quais as condições, ficando a raposa Cecília responsável por organizar tudo. Ficou decidido que a meta seria junto ao rio, onde todos os animais estariam à espera.

No dia e hora da corrida, já a lebre e a tartaruga se encontravam nos seus lugares: A lebre Rosita muito alegre e confiante da sua vitória e, a Dona Lentidão com os seus olhos pequeninos e tristes, parecendo mais pesada do que nunca.

Enquanto a lebre começava a corrida na linha de partida, junto da árvore laranjeira, a tartaruga começava mais a frente, quase a meio do caminho, em direção ao rio.

A raposa Cecília deu o sinal de partida e a tartaruga, sem perder tempo começou logo a andar pela encosta abaixo. Mas Rosita continuava parada, enquanto via Dona Lentidão vagarosamente percorrendo o caminho, e gritava: “Não corras tanto velha tartaruga que ainda vais cair e demorar mais a chegar!”.

A lebre decidiu então fazer uma pequena soneca junto à árvore laranjeira, pois a tartaruga ia de tal maneira devagar que a lebre, em duas passadas, a alcançaria rapidamente e conseguiria ganhar a corrida.

Pouco a pouco, Dona Lentidão lá ia fazendo o seu percurso em direção à meta, já muito cansada mas sem desistir. Alguns animais da floresta acompanhavam a tartaruga, animando-a com palavras de encorajamento.

Já estava a Dona Lentidão quase a chegar à meta quando a lebre Rosita acordou de um salto só, viu a tartaruga lá longe e correu monte abaixo como louca. E Tito, o bode só gritava: ”Cuidado Rosita, assim vais cair!”. Mas Rosita não ouvia Tito e continuava em direção à meta convencida da sua vitória.

Os animais do bosque estavam cada vez mais animados e gritavam uns pela tartaruga, outros pela lebre, mas com a aproximação rápida da lebre, já poucos duvidavam da sorte da tartaruga. 

Foi então, muito perto do fim que a Dona Lentidão tropeçou numa pedra, deu uma cambalhota e começou a rolar estrada abaixo! 

Sem entenderem bem o que tinha acontecido, os animais do bosque viram Dona Lentidão atravessar a linha da meta a rebolar! Era incrível… a tartaruga tinha ganhado a corrida perante o olhar espantado da lebre!

Todos deram vivas à tartaruga, a levaram em seus ombros enquanto a convencida da lebre Rosita fugia para a sua toca, de orelhas baixas e muito envergonhada.



CONTEI ESSA TAMBÉM
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segunda-feira, 14 de maio de 2018

A PRINCESA, O FOGO E O CHUVA ou O CASAMENTO DA PRINCESA.

Há muito, muito tempo, num reino da África Ocidental, vivia um rei. Um rei que tinha uma filha. Um filha lindíssima.

À medida que ia crescendo, a Princesa ficava cada vez mais bonita e, por aqueles lados, toda a gente dizia que era a jovem mais linda do mundo.
Muitos homens a cobiçavam e um dia Chuva foi ter com ela, às escondidas, e perguntou-lhe:
- Linda Princesa, queres casar comigo?

À Princesa pareceu-lhe bem. Chuva era poderoso, era ele que enchia os lagos e os rios onde viviam os peixes; era ele que fazia crescer as colheitas e a erva que alimentava os rebanhos.
E a Princesa respondeu que sim, que casaria com Chuva.


Nesse mesmo dia, o Fogo foi até o rei e pediu que o deixasse casar com a Princesa.
Ao rei pensou. O Fogo é poderoso, ajudava a afugentar os animais, aquecia as pessoas e permitia-lhes cozinhar os alimentos.
E o rei respondeu que sim, que ele podia casar com a Princesa.


Depois do Fogo ir embora, o Rei mandou chamar a Princesa e disse-lhe:
- Princesa, aceitei o pedido que o Fogo me fez. Casarás com ele dentro de dias.
- Com o Fogo, pai?! perguntou a Princesa surpreendida. - Não posso casar com o Fogo porque já prometi a Chuva que casava com ele.
- E agora o que fazemos? - lamentou-se o Rei. Estamos aqui presos entre duas promessas, como vamos resolver isto?


Dias depois, o Rei mandou chamar Chuva e Fogo e comunicou-lhes que a data do casamento da Princesa já estava marcada.
- O casamento da Princesa comigo - disse Fogo.
- O casamento da Princesa comigo - disse Chuva.
E o Rei respondeu-lhes: a Princesa casará com quem vencer a corrida que organizei para o dia da boda.
A Princesa não disse nada, mas pensou que só casava com um homem: Chuva. Tinha dado a sua palavra e não voltaria atrás.


No dia do casamento um vento forte assolava o reino.
Quando o Rei deu o sinal de partida o Fogo lançou-se a correr e, ajudado pelo vento, precipitava as suas labaredas para a frente, cada vez mais depressa.
As pessoas olhavam surpreendidas para Chuva que apenas deixava cair meia dúzia de gotinhas. Então gritavam: - Vais ganhar fogo, vais ganhar.
Faltavam poucos metros para a meta quando se ouviu um forte trovão e muita água caiu sobre a terra apagando o Fogo de imediato.
Chuva ganhou a corrida.


A Princesa sentiu-se tão feliz que correu para o meio do campo e pôs-se a dançar ao som dos tambores.
Ainda hoje, quando chove muito, as pessoas gostam de dançar debaixo da chuva para celebrar o casamento da Princesa.



VEM OUVIR ESSA HISTORIA INCRÍVEL!!


segunda-feira, 2 de abril de 2018

O FIM DA AMIZADE ENTRE O CORVO E O COELHO

O Corvo era muito amigo do Coelho. 
Combinaram, um dia, que cada um deles transportasse o companheiro às costas, indo de povoação em povoação, para que todas as pessoas pudessem ver a amizade que os unia.

O Corvo começou a carregar o Coelho.
Andou com ele nas costas de aldeia em aldeia, então o perguntaram:

- Ó Corvo, que trazes tu aí?
- Trago um amigo meu que acaba de chegar de Namandicha.

Passou assim com ele por muitas terras.

Chegou depois a vez de ser o Coelho de carregar com o Corvo.
Ao passar por uma aldeia, um morador perguntou-lhe:

- Ó Coelho, que trazes tu às costas?
- Ora, ora, trago penas, penugem e um grande bico - respondeu o Coelho.

O Corvo não gostou que o companheiro o gozasse daquela maneira, saltou logo para o chão e deixaram de ser amigos.


Contei lá no YOUTUBE
VEM VER!!

segunda-feira, 26 de março de 2018

O LEÃO E O RATO

Um Leão dormia sossegado, quando foi despertado por um Rato, que passou correndo sobre seu rosto.

Com um bote ágil ele o pegou, e estava pronto para matá-lo, ao que o Rato suplicou:
- Ora, se o senhor me poupar, tenho certeza de que um dia poderei retribuir seu gesto de bondade.

Apesar de rir por achar ridícula e improvável tal possibilidade, ainda assim, como não tinha nada a perder, ele resolveu libertá-lo.

Aconteceu que, pouco tempo depois, o Leão caiu numa armadilha colocada por caçadores. Assim, preso ao chão, amarrado por fortes cordas, completamente indefeso e refém do fatídico destino que certamente o aguardava, sequer podia mexer-se.

O Rato, reconhecendo seu rugido, se aproximou e roeu as cordas até deixá-lo livre. Então disse:
- O senhor riu da simples ideia de que eu, um dia, seria capaz de retribuir seu favor. Mas agora sabe que, mesmo um pequeno Rato, é capaz de fazer um grande favor a um poderoso Leão!

Contei essa também
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quinta-feira, 22 de março de 2018

O CARACOL E A IMPALA



Uma Impala, muito vaidosa da sua agilidade e da rapidez com que corria, encontrou um Caracol e começou a fazer pouco dele:
- Ó Caracol, tu não és capaz de correr. Que vergonha, só és capaz de te arrastar pelo chão.

O Caracol, que era esperto, resolveu enganar a Impala. Por isso desafio-a:
- Vem cá no próximo domingo e vamos fazer uma corrida por esta estrada, desde aqui até ao rio.

- Uma corrida comigo? - perguntou, espantada, a Impala. - Está bem, cá estarei.

E afastou-se a rir, pensando que o Caracol era maluco por querer correr com ela.
O Caracol, entretanto, como tinha ido à escola e sabia ler e escrever, escreveu uma carta a todos os caracóis amigos dele que moravam ao longo da estrada até ao rio. Nessa carta ele dizia aos amigos para, no domingo, estarem junto à estrada e, quando passasse a Impala, se ela chamasse pelo Caracol, eles responderem: "Cá estou eu, o Caracol."

No domingo, a Impala encontrou-se com o Caracol e, a rir muito, disse-lhe:
- Vamos lá então correr os dois e ver quem chega primeiro ao rio.

O Caracol deixou-a partir a correr e escondeu-se num arbusto. A Impala corria e, de vez em quando, gritava:
- Caracol, ó Caracol, onde é que tu estás?

E havia sempre um dos amigos do Caracol que estava ali perto e respondia:
- Cá estou eu, o Caracol.

A Impala, que julgava ser sempre o mesmo Caracol que ia a correr com ela, corria cada vez mais, mas havia em todos os momentos um Caracol para responder quando ela chamava.
De tanto correr, a Impala acabou por se deitar muito cansada e com muita falta de ar.

O Caracol ganhou a aposta porque foi mais esperto que a Impala e tinha ido à escola junto com os outros caracóis e todos sabiam ler e escrever.
Só assim se puderam organizar para vencer!!

segunda-feira, 19 de março de 2018

TODOS DEPENDEM DA BOCA


Certo dia, a boca, com ar vaidoso, perguntou:
- Embora o corpo seja um só, qual é o órgão mais importante?

Os olhos responderam:
- O órgão mais importante somos nós: observamos o que se passa e vemos as coisas.

- Somos nós, porque ouvimos – disseram os ouvidos.

- Estão enganados. Nós é que somos mais importantes porque agarramos as coisas - disseram as mãos.

Mas o coração também tomou a palavra:
- Então e eu? Eu é que sou importante: faço funcionar todo o corpo!

- E eu trago em mim os alimentos – interveio a barriga.

- Olha! Importante é aguentar todo o corpo como nós, as pernas, fazemos.

Estavam nisto, quando a mulher trouxe a massa, chamando-os para comer. Então os olhos viram a massa, o coração emocionou-se, a barriga esperou ficar farta, os ouvidos escutavam, as mãos podiam tirar bocados, as pernas andaram... mas a boca recusou comer. E continuou a recusar.
Por isso, todos os outros órgãos começaram a ficar sem forças...

Então a boca voltou a perguntar:
- Afinal qual é o órgão mais importante no corpo?
- ÉS TU BOCA, responderam todos em coro. TU É O NOSSO REI!


VEM CONFERIR!!!!

sexta-feira, 16 de março de 2018

A MULHER ATRÁS DO POSTE


A pequena Nina, 7 anos, morava com os pais e os irmãos numa casa humilde no Itaim Paulista. Haviam mudado a pouco da área litorânea para a periferia da cidade. Naquela época, as melhores escolas da região estavam em São Miguel Paulista. Entre elas, a Escola Estadual Dom Pedro I e a Escola Estadual Carlos Gomes. Nina iniciou os estudos nesta segunda escola. Devido às duras condições da família durante os primeiros anos na região, muitas vezes a irmã de Nina trazia a pequena andando pela São Paulo-Rio até chegar ao centro de São Miguel e cruzar  o bairro até o Carlos Gomes.

Foi em uma dessas idas e vindas que Nina viu, certa tarde indo para o anoitecer, aquela estranha mulher vestida de preto e roxo desbotado as seguindo e, eventualmente, se escondendo atrás de um ou outro poste. Era uma  mulher bem velha, de pele branca amarelada, olhos claros e cabelos longos, quebradiços e grisalhos. Nina a percebeu pela altura do bairro de São Vicente e alertou a irmã que, ao ver a figura escondendo-se atrás de um poste e fitando-as, não resistiu e fez a pilhéria:

“É a Baba Yaga, Nina. Ela veio te buscar.”

Nina era facilmente impressionada por histórias de terror. Passou noites sem dormir e uma semana sem querer ir pra escola. A mãe, ao descobrir, deu uma sova na filha mais velha e, com muito carinho e paciência, fez a filha perder o medo da Baba Yaga de São Miguel. E Nina voltou a ir pra escola normalmente, sem mais ser perturbada ou seguida pela estranha mulher.

Os meses passaram e, certa noite, olhando ocasionalmente um velho álbum de fotografias da família, Nina começou a chorar e chamou a mãe. Mostrou a foto de uma mulher no álbum e disse que era a mulher atrás do poste.

“Não pode ser, filha.” – disse a mãe – “Esta era uma amiga da vovó lá de Cubatão, mas ela morreu quando você ainda estava na minha barriga.”
A irmã mais velha de Nina aproximou-se, olhou a foto e confirmou a figura. A morta da foto era a Baba Yaga de São Miguel.
“Por que ela tava me olhando, mamãe?”
“Não sei, filha, mas ela sempre dizia pra vovó que um dia ia cuidar de seus netinhos...”


VEM VER!!


No dia 23 de Agosto, durante a segunda apresentação do espetáculo FANTASMAS & DEMÔNIOS DE SÃO MIGUEL, a Arte Educadora Tânia Lawall nos contou uma história fantástica, ocorrida em sua infância entre São Miguel e Itaim Paulista. Esta narrativa é baseada na sua história.

quarta-feira, 14 de março de 2018

O ASNO E O CAVALO

Um asno, de passo tardo, mal podendo suportar o pesadíssimo fardoque tinha de carregar, pediu ao Cavalo: 
– Amigo, podes dividir comigo a carga que mal suporto?Se assim continuar, muito em breve estarei morto.

O Cavalo respondeu:

– Com isso pouco me importo.
 
Sem demora, o Asno morreu. Então o dono dos doistransferiu para o Cavalo todos os sacos de arroz. E foi assim que um esperto acabou bancando o otário e
pagou um alto preço 
porque não foi solidário.


GRAVEI :)

VEM CONFERIR!!




A LENDA DA GARÇA - TSURU


Era uma vez um camponês muito pobre. Vivia em uma cabana tosca e seu único alimento eram algumas verduras que colhia de sua terra cansada
Um dia, ele encontrou uma garça machucada, com a asa destroçada. Por isso ela não podia voar e buscar alimento: isto a deixou muito fraca, à beira da morte.
O camponês teve pena da garça, cuidou de sua asinha e pacientemente colocou em seu bico algumas sementes. Sua bondade a livrou da morte e quando ela pôde voar, o camponês a soltou.
Alguns dias depois, uma mulher adorável apareceu em sua casa e pediu que lhe desse abrigo por uma noite. O camponês, por ser bom, não negaria esta caridade a qualquer pessoa, mas a beleza da mulher fez com que ele acreditasse que deixá-la dormir em sua pobre cabana era realmente uma honra. Os dois se apaixonaram e se casaram.
A noiva era delicada, atenciosa e tinha tanta disposição para o trabalho quanto era bonita, e assim eles viviam muito felizes. Mas para o camponês, que já tinha muita dificuldade em viver sozinho, ficou muito difícil cobrir as despesas que sua nova vida de casado lhe trazia.
Preocupada com esta situação, a esposa disse ao marido que produziria um tecido especial (tecer era um trabalho comum para as mulheres nessa época). Ele poderia vendê-lo para ganhar dinheiro, mas ela alertou que precisaria fazer seu trabalho em segredo, e que ninguém, nem mesmo ele, seu marido, poderia vê-la tecer.
O homem construiu uma outra pequena cabana nos fundos de sua casa e lá ela trabalhou, trancada, durante três dias. O marido só ouvia o som do tear batendo, e a curiosidade e a saudade que tinha de sua bela mulher fazia com que estes dias demorassem muito para passar.
Quando o som de tecelagem parou, ela saiu com um tecido muito bonito, de textura delicada, brilhante e com desenhos exóticos. A tecelã lhe deu o nome de “mil penas de Tsuru”.
Ele levou o tecido para a cidade. Os comerciantes ficaram surpreendidos e lutaram entre si para consegui-lo. O vendedor pagou com muitas moedas de ouro por ele. O pobre homem não podia acreditar que tão de repente a sorte começasse a lhe sorrir.
Desde então, a esposa passou a trabalhar no valioso tecido outras vezes. O casal podia, com o fruto da venda, viver em conforto. A mulher, porém, tornava-se dia após dia mais magra.
Um dia, ela disse que não poderia tecer por um bom tempo. Ela estava muito cansada. Seus ossos lhe doíam e a fraqueza quase a impedia de ficar em pé.
O camponês a amava muito e acreditava naquilo que ela dizia, porém tinha experimentado a cobiça e, como havia contraído algumas dívidas na cidade, pediu para que ela tecesse somente por mais uma vez. No princípio ela não aceitou, mas perante a insistência do marido, cedeu e começou a tecer novamente.
Desta vez ela não saiu no terceiro dia, como era de costume. E o homem ficou preocupado. Mais três dias se passaram sem que ela aparecesse. E isso começou a deixar o marido desesperado.
No sétimo dia, sem saber mais o que fazer, ele quebrou sua promessa, espiando o serviço de tecelagem que ela fazia.
Para a sua surpresa, não era sua mulher que estava tecendo. Arqueada sobre o tear encontrava-se uma garça, muito parecida com aquela que o camponês havia curado.
O homem mal pôde dormir à noite, pensando o que teria acontecido com a mulher que amava. Amaldiçoava-se por ter sido insaciável e praticamente ter obrigado a sua querida esposa a tecer mais uma vez.
Na manhã seguinte, a porta da cabaninha se abriu e o camponês com o coração aos saltos fixou seus olhos na porta, esperançoso em ver sua esposa sair dela com vida.
A mulher saiu da cabana com profundas olheiras, trazendo o último tecido nas mãos trêmulas. Entregou-o para o marido e disse: Agora preciso voltar, você viu minha verdadeira forma, assim eu não posso ficar mais com você!
Então, ela se transformou em uma garça e voou, deixando o camponês em lágrimas.



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CORAÇÃO-SOZINHO


O Leão e a Leoa tiveram três filhos.
Um com o nome de Coração-Sozinho, o outro de Coração-com-a-Mãe e o terceiro o de Coração-com-o-Pai.
Coração-Sozinho encontrou um porco e apanhou-o, mas não havia quem o  ajudasse e ele não conseguiu matar.
Coração-com-a-Mãe encontrou um porco, apanhou-o e sua mãe veio logo correndo para o ajudar. Comeram.
Coração-com-o-Pai apanhou também um porco. O pai veio logo para o ajudar. Mataram o porco e comeram os dois.
Coração-Sozinho encontrou outro porco, apanhou-o mas não o conseguia matar. Ninguém foi o ajudar. Coração-Sozinho continuou nas suas caçadas, sem ajuda de ninguém. Começou a emagrecer, a emagrecer, até que um dia... morreu.
Os outros continuaram cheios de saúde por não terem um coração sozinho.

CONTEI ESSA LENDA
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LENDA DO TAMBOR ou CONTO POPULAR DA GUINÉ-BISSAU



Dizem na Guiné que a primeira viagem à Lua foi feita pelo Macaquinho de nariz branco.
Segundo dizem certo dia, os macaquinhos de nariz branco resolveram fazer uma viagem à Lua.
Após tanto tentar subir, sem nenhum sucesso, um deles, dizem que o menor, teve a idéia de subirem uns por cima dos outros, até que um deles conseguiu chegar à Lua. Mas, a pilha de macacos desmoronou e todos caíram, menos o macaquinho menor, que ficou pendurado na Lua.
A Lua lhe deu a mão e o ajudou a subir. Ela gostou tanto dele que lhe ofereceu de presente, um tamborinho. O macaquinho foi ficando por lá, até que começou a sentir saudades de casa e resolveu pedir à Lua que o deixasse voltar. A Lua o amarrou ao seu tamborinho para descê-lo pela corda, ela pediu a ele que não tocasse antes de chegar à Terra e, assim que chegasse, tocasse bem forte para que ela cortasse o fio.
O Macaquinho foi descendo feliz da vida, mas na metade do caminho, não resistiu e tocou o tamborinho. Ao ouvir o som do tambor a Lua pensou que o Macaquinho houvesse chegado à Terra e cortou a corda. O Macaquinho caiu e, antes de morrer, ainda pode dizer a uma moça que o encontrou, que aquilo que ele tinha era um tamborinho, um presente da Lua, que deveria ser entregue aos homens do seu país.
A moça foi logo contar a todos sobre o ocorrido. Vieram pessoas de todo o país e, naquela terra africana, ouviam-se os primeiros sons de tambor.




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